Mas é verdade! Muitas das piadas que você ouve em “InFernando seus ouvidos” foram criadas a partir de fatos vividos por mim ou por conhecidos meus. Dá uma olhada…
A gente estava com uma Peça em cartaz, o ensaio tinha sido longo. Tudo o que a gente queria era encontrar uma padaria aberta pra poder comer alguma coisa. “Eu sei de uma padaria na rua Santo Antônio, do lado do sindicato dos padeiros”. A gente foi, (a gente estava faminto!) e, talvez por causa disso, que o meu amigo não deu muita importância quando, o balconista, sem saber o que fazer com aquele baita fio de muçarela – que não queria, de jeito nenhum, se desgrudar da “Pizza Mãe” – abocanhou o fio de queijo na cara-dura, sem a menor vergonha, entregando em seguida o pedaço de pizza para ele… Mas também, né? A gente tava com fome, pô!
Fernando Bueno
Eu trabalhava como confeiteiro num Hotel no interior de São Paulo. Fim do expediente… Eu só queria entrar num bar e beber uma coca geladinha. Perguntei pra moça: você tem coca? Ele devolve: “Lata ou garrafa?” Eu respondi: Garrafinha! “Garrafinha a gente não tem!” Eu parei, dei uma encarada séria pra ela, como quem pensa: “Essa mina tá me zoando…” Mas, ok, vida que segue. Deixei passar. Na mesma semana eu volto no bar e peço de novo: Uma coca, por favor! A mesma pergunta: “Lata ou garrafa?” Eu pensei na hora “Oba! A Coca KS chegou!” sóquenão! Na hora ela me responde: ‘Garrafinha não tem!’ Eu comecei a rir, a rir muito… Mas o pior é que a moça me olhava com uma cara de quem não fazia a menor ideia do porquê de eu estar rindo daquele modo. Coisas do Brasil!
Fernando Bueno
Outra história que também foi real, foi o episódio da moça que numa Oficina Cultural confessou diante de todos que havia sido abduzida. Sim, pasmem! Mas deixa eu falar: Muito do que eu narrei naquele episódio foi carregado de sarcasmo apenas para a piada funcionar, porque, na verdade, todo mundo que ouviu a história da moça foi super respeitoso, até eu, acredite! (kkkk). Talvez seja esse o mais interessante da comédia: ela nunca é uma lente que vê de perto a realidade, muito pelo contrário, quanto mais de longe ela olha para seu objeto de interesse, mais engraçada ela fica. Daí a necessidade de narrar esse episódio da “Laura Abduzida” com tantos exageros. Afinal já é cômico imaginar o que um grupo de atores faria para chamar a atenção. O que dizer, então, quando um deles ‘apela’ para uma abdução? Ninguém resiste, simples assim!
Fernando Bueno